A mudança na educação já é uma realidade: centenas de instituições no Brasil e no mundo colocam em prática abordagens e metodologias transformadoras no ensino. Dessa forma, escolas inovadoras criam uma nova perspectiva para a relação entre professor e aluno, assim como maneiras diferentes de ensinar as crianças das novas gerações.
Felizmente, já temos grandes exemplos de instituições públicas e privadas, nacionais e internacionais que praticam a inovação e colhem bons resultados.
No Colégio Estadual Chico Anysio, no Rio de Janeiro, uma das iniciativas integradas ao plano curricular é a inclusão de projetos de cidadania no cotidiano dos alunos para promover uma educação integral.
A escola sueca Vittra Telefonplan, por exemplo, aboliu os espaços tradicionais com salas fechadas e carteiras para investir em pátios abertos coletivos.
Já a Quest to Learn, nos Estados Unidos, é totalmente baseada na aprendizagem por jogos.
Algumas práticas que caracterizam o ensino transformador estão presentes em todas as escolas inovadoras.
As dificuldades de aprendizado do aluno são consequência de inúmeros fatores, entre eles a priorização do desenvolvimento de habilidades e competências pensadas para gerações que não conviviam com a tecnologia.
Escolas que quebram padrões valorizam o pensamento diferente, a criatividade e o espírito empreendedor do aluno desde cedo, colaborando para o desenvolvimento das habilidades relevantes para o século XXI.
Permitir que a classe escolha alguns temas de que mais gosta para estudar, por exemplo, é incentivar que o estudante tenha autonomia no aprendizado. Esse voto de confiança estimula o protagonismo dos alunos e os faz ter senso de responsabilidade por sua formação, exercitando o conhecimento em lições que têm sentido em seu contexto.
A abordagem das escolas inovadoras é relevante porque há um incentivo ao comportamento independente. Isso é estimulado e a aplicação do conhecimento nas atividades são muito similares aos desafios que eles enfrentarão na vida adulta.
É comum encontrar professores que preferem não utilizar o material fornecido pela escola e propõem novas atividades que não estavam previstas nos planos de aula.
As escolas inovadoras permitem e incentivam que o educador repense sua metodologia de ensino conforme o andamento de cada turma, considerando suas peculiaridades e dificuldades.
Afinal, cada classe é formada por alunos únicos, que aprendem de maneiras distintas e exigem abordagens diferentes do professor.
A convergência de saberes é valorizada nas novas metodologias de escolas inovadoras, como na aprendizagem por projetos, por exemplo. É exigido que as disciplinas tradicionais – Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, Artes, etc. – sejam diluídas em áreas do conhecimento interdisciplinares.
A pedagogia de projetos das escolas inovadoras ajuda a quebrar o estigma de deficiência, principalmente em disciplinas específicas ao estimular a aplicação do conhecimento diretamente para resolução de problemas e desafios.
Na educação das crianças, o brincar é tão importante quanto o letramento em si, especialmente em um mundo onde a infância é dominada por smartphones e tablets.
Por isso, a BNCC define que brincar é um direito de aprendizagem essencial na Educação Infantil. Não queremos ensinar as crianças a ler e escrever sem que explorem as brincadeiras, os espaços coletivos, a generosidade e o descobrimento de sensações e de seu lugar no mundo. A educação inovadora aproveita as vantagens da tecnologia sem excluir o direito de aprender brincando.
O maior legado que a escola pode deixar para o aluno é a consciência de que o verdadeiro aprendizado é para toda a vida. Nesse sentido, as propostas inovadoras que vemos surgir agem como estimulantes desse interesse.
Ou seja, a vontade genuína de aprender precisa acompanhar o aluno durante toda a sua vida, independentemente da existência de vínculo a uma instituição formal de ensino.