Debates sobre diversidade estão cada vez mais presentes em nossa sociedade. Assuntos importantes que antes eram frequentemente negligenciados ou considerados tabu hoje são discutidos abertamente, influenciando mudanças políticas, culturais e sociais. Dessa forma, a comunidade escolar ainda está descobrindo quais são as melhores maneiras de falar sobre machismo, homofobia e racismo, por exemplo, o que acaba se tornando um desafio no dia a dia de trabalho de muitos professores. Por isso, às vezes se torna difícil saber como trabalhar a diversidade na escola.
Afinal, como é possível apresentar para as crianças as melhores formas de lidar com os preconceitos existentes sem gerar mais estigmas sociais? E mais: como auxiliar os alunos a aprenderem a empatia e desenvolverem o respeito ao próximo, independentemente da sua cor, gênero e orientação sexual?
Essas são perguntas com respostas complexas e, por isso, desenvolvemos este artigo para contribuir para essas discussões. Continue lendo para saber como trabalhar a diversidade com seus alunos!
Diversidade não é sinônimo de desigualdade. Uma das melhores formas de ensinar isso para as crianças é por meio de dinâmicas de integração, permitindo que convivam com as diferenças a partir da mediação do professor. Assim, valores como o respeito e a empatia podem ser desenvolvidos com mais facilidade, já que elas estão trocando experiências com seus colegas.
Vamos pensar em um exemplo para ilustrar? Na sala de aula, você pode lançar mão de um painel da diversidade, o qual propõe a personalização de um boneco feito de cartolina ou qualquer outro material. Assim, cada aluno deve realizar a sua criação, colocando suas características ou desejos pessoais.
Em seguida, quando a brincadeira terminar, todos devem colar seus bonecos de mãos dadas e aplicá-los no painel, representando a união e o respeito pela diversidade que a própria turma apresenta.
Outro método bastante eficiente é o uso da literatura infantil. As crianças se identificam facilmente com os personagens de seus livros e, por isso, fica muito mais fácil atrair a sua atenção. Vale lembrar que é sempre interessante apresentar novos títulos de acordo com a faixa etária da turma.
Com essa atitude, você consegue aproximar a ficção da realidade, auxiliando as crianças a entenderem que cada pessoa é única, apresentando características singulares que devem ser respeitadas. Uma das histórias mais clássicas para trabalhar o tema é a do conto O patinho feio, do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen.
A valorização da diversidade é uma das premissas básicas do ensino integrativo. Educar os alunos em relação a aceitação e valorização das semelhanças entre as pessoas, bem como das características — físicas ou emocionais — que tornam cada sujeito único, faz com que a função social do respeito apareça.
Uma excelente forma de estimular essa valorização é por meio de atividades que fortaleçam os vínculos entre os alunos, propondo brincadeiras que ajudem a reconhecer a importância da amizade, do respeito, do amor ao próximo e da honestidade.
Por fim, concluímos as nossas dicas com uma das posturas mais importantes do professor: fortalecer a autoestima dos alunos a partir da representatividade.
Assim como os adultos, as crianças também podem ter seu desenvolvimento limitado por preconceitos e imposições sobre sua aparência ou preferências pessoais. Lançar mão da representatividade na sala de aula ajuda a deixar o preconceito de lado e a enfraquecer esses estigmas, além de potencializar a autoconfiança e a autoestima de cada aluno.
Você percebe que, mesmo existindo desafios sobre como trabalhar a diversidade nas escolas, essa medida é importante para proporcionar aos estudantes a possibilidade de desenvolvimento integral? Ao investir em um espaço aberto ao diálogo e em atividades que estimulem valores humanos e desenvolvimento socioemocional, você cria um ambiente de trabalho mais positivo, ao mesmo tempo em que fortalece a confiança e a empatia dos seus alunos.
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