A hiperatividade é uma alteração comportamental marcada, principalmente, por agitação e impulsividade acima do normal. Um equívoco comum é associar a hiperatividade infantil com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade — a agitação excessiva é apenas um dos sintomas do TDAH em sua forma hiperativo-impulsivo.
Além do mais, existem diversas causas para a hiperatividade infantil, como: alterações de desenvolvimento, exposição a toxinas, depressão, contexto familiar conturbado, entre outras. Por essa razão, é fundamental um diagnóstico profissional adequado.
No meio escolar, uma criança hiperativa pode ser um desafio para os educadores. Por isso, neste texto falaremos sobre os sinais da hiperatividade na escola e como lidar com os alunos que têm essa característica. Confira!
As crianças são muito ativas e têm mais energia que os adultos. Assim, educadores precisam ficar atentos para não confundir um entusiasmo normal com hiperatividade. Nesse contexto, alguns sinais são comuns em crianças que apresentam essa alteração comportamental, veja:
· dificuldade em manter a atenção e concluir atividades;
· são desorganizadas;
· não conseguem controlar impulsos, especialmente em momentos que exijam respeito às regras;
· dificuldade em permanecer sentadas (andam e correm pela sala sem permissão);
· agitação excessiva em todos os momentos;
· exteriorização de seus impulsos por meio de movimentos.
A hiperatividade na escola pode ser um contratempo para os educadores. Entretanto, existem algumas estratégias que podem ser colocadas em prática para ajudar no relacionamento com esses alunos e no rendimento escolar. Confira!
A comunicação com o aluno é primordial para melhorar o relacionamento em sala de aula. Crianças são muito intuitivas e compreendem o que os adultos falam. Manter diálogos constantes fará com que você entenda melhor como elas se sentem e, assim, saberá exatamente como ensiná-las.
Crianças hiperativas têm muita dificuldade em manter a concentração e tendem a dispersar e se entediar muito rápido. Por isso, aposte em recursos que estimulem a criatividade e a imaginação, como: computadores, livros coloridos, atividades audiovisuais e exercícios práticos.
A leitura pode ser muito divertida e ajudar a diminuir a hiperatividade na escola. Para estimular essa atividade em sala, faça leituras compartilhadas, em que todos leiam juntos. Depois, peça que os alunos deem suas interpretações. Atitudes como essa fazem com que a criança fique atenta e participe da aula com mais entusiasmo.
A relação entre família e escola é a base para o desenvolvimento dos alunos e também para que eles se sintam amparados. O educador e todo o corpo escolar devem se empenhar em manter conversas constantes com os pais ou responsáveis para informar qualquer alteração comportamental da criança em sala de aula.
Certos comportamentos de uma criança hiperativa podem fazer com que o educador perca a paciência e acabe repreendendo esse aluno de maneira mais incisiva. Essa atitude, muitas vezes, piora a situação.
O ideal é ser compreensivo e lidar com as circunstâncias de maneira paciente e bem-humorada — em muitos momentos, a criança age por impulso e ainda não tem noção de que aquela conduta é errada.
O educador exerce um papel essencial na formação de um aluno com hiperatividade, desde a inclusão no ambiente escolar até o seu desenvolvimento intelectual. É a pessoa que passa mais tempo com a criança em sua fase escolar e acompanha o processo de seu desenvolvimento.
Durante as aulas, o educador tem a oportunidade de observar e identificar qualquer comportamento anormal que possa prejudicar a criança. Assim, tem papel vital na maneira de ensinar esse estudante e também de comunicar os pais sobre qualquer problema.
A hiperatividade na escola não pode ser um empecilho para o aprendizado desses alunos. O estabelecimento de ensino e os educadores devem oferecer um ambiente acolhedor, que explore corretamente as individualidades desses estudantes e os ajude a se desenvolver cada vez mais.
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