Categoria: Tecnologia
No processo de entendimento de uma língua estrangeira, como no aprendizado de inglês, novas ferramentas digitais são sempre bem-vindas, pois permitem que o aluno tenha acesso a diversas tecnologias e conteúdos para praticar suas habilidades no idioma.
O Brasil tem apresentado algumas iniciativas para aumentar o acesso ao estudo de línguas estrangeiras e melhorar a proficiência em língua inglesa dos estudantes. Nos últimos anos, o país investiu em programas de mobilidade internacional para estudantes, certificação em ensino de inglês para professores da rede pública e acesso a cursos de idiomas gratuitos para a população*.
O tema dá margem a muitas discussões sobre escolas bilíngues, faixa etária ideal para começar a aprender um idioma estrangeiro e multiculturalismo, por exemplo. Porém, um dos fatores mais impactantes no aprendizado de língua inglesa nos últimos anos tem sido a internet.
De tradutores simultâneos on-line a aplicativos de videoconferência, a tecnologia é uma grande aposta para a evolução na proficiência do idioma.
Mais ferramentas trazem mais aprendizado
Os instrumentos mediadores do aprendizado mudam no decorrer do tempo sob influência de diversos fatores como, por exemplo, a evolução tecnológica das sociedades e o contexto econômico e social de cada aluno.
Alguns estudantes têm disponíveis internet de alta velocidade, computadores, webcams, entre outros instrumentos mediadores do aprendizado. Isso influencia diretamente na forma como suas habilidades cognitivas serão desenvolvidas para aprender uma língua estrangeira.
Atualmente, podemos considerar que o acesso à internet foi bastante democratizado e difundido, principalmente por meio de dispositivos móveis. Assim, mais crianças dispõem de instrumentos mediadores e tecnologia para aprender inglês, o que implica em uma grande aproximação com o idioma. Elas podem ver vídeos, filmes, livros e conversar com falantes nativos da língua.
A tecnologia é uma forma de impulsionar o aprendizado da língua até mesmo para alunos que não têm acesso a aulas de inglês formalmente.
Tecnologia expande o estudo para além da sala de aula
No processo de aprendizado de uma língua estrangeira, a sala de aula funciona como um ponto de partida e local para tirar as dúvidas com o professor. O aluno precisa ir além e, por meio de instrumentos diversos, estender o estudo fora da classe.
Para isso, aplicativos gratuitos para celular como Duolingo, Hello English e Babbel permitem estudar em casa, praticando reading e listening. Porém, para habilidades de speaking e writing, o feedback do professor faz a diferença e torna o processo de aprendizagem mais individual e personalizado.
A tecnologia é uma ferramenta de apoio valiosa para potencializar o estudo de idiomas e um excelente complemento ao livro didático. Com os novos softwares, ferramentas de realidade virtual e inteligência artificial, a proficiência em língua inglesa será alcançada mais facilmente pelos estudantes e estará mais presente na educação das próximas gerações.
*https://g1.globo.com/educacao/noticia/estagnado-ha-cinco-anos-brasil-segue-com-proficiencia-baixa-em-ingles-e-atras-de-todos-os-brics.ghtml
Quando crianças, brincávamos na rua e aprendíamos que não deveríamos falar com estranhos e nem passar informações pessoais a desconhecidos. Que, ao brincarmos, deveríamos prestar atenção no movimento da rua, evitar brincadeiras em que pudéssemos nos machucar e muito mais.
Pois bem, os tempos são outros. Hoje, vivemos no mundo virtual e no mundo real. As crianças não brincam mais com tanta frequência na rua, mas estão conectadas o tempo todo e precisam fazer o uso consciente da internet.
Neste cenário desafiador, cabe ao educador, com o auxílio dos pais e responsáveis, ajudar seus estudantes a aprender a se relacionar e a buscar informações seguras nesse espaço, assim como os ensinamos para conviver no espaço físico.
Pensando nisso, a SM Educação listou alguns pontos de destaque para auxiliar nesta tarefa com os alunos de diferentes etapas. Acompanhe o conteúdo e entenda como colocar em prática.
Protegendo os alunos dos perigos virtuais
Antes de mais nada, caminhar pelo ciberespaço requer cuidados. É necessário entender por onde estamos indo, se o site em que estamos navegando é seguro e se as informações dispostas naquele ambiente são confiáveis.
Para isso, o espaço virtual oferece uma grande vantagem em relação ao real. Hoje, temos formas de detectar os melhores conteúdos e quem os disponibilizou, o que é fundamental, já que as pessoas podem se esconder por trás de cenários e representações.
Assim como sempre nos disseram para não confiarmos em estranhos na rua, essa orientação vale também para o uso consciente da internet.
Portanto, converse com os alunos sobre o que é a internet, o que lá encontramos, o que podemos fazer, o que precisamos evitar e, o primeiro ponto antes de qualquer ação, quais são nossas responsabilidades sobre o que consumimos.
Nessa fase, apresente este mundo para as crianças e jovens, da mesma forma que fazemos no mundo físico. É muito importante que eles se sintam seguros em nos contar tudo e não mentir sobre suas atividades na rede.
Para o uso consciente da internet, selecione bons conteúdos
A internet é um mar de informações e conteúdos, dos úteis aos com menor utilidade, verdadeiros e falsos, produzidos por muitas pessoas, nem sempre qualificadas.
Por isso, é necessário alertar os alunos, orientando-os a olhar a fonte que produz determinada informação e quem é o autor, bem como cuidar para não acessarem vídeos e imagens impróprias ou desafios propostos para apenas ganhar visualizações, mas que podem levar a consequências graves.
Neste item, não apenas converse, faça com eles a seleção dos conteúdos e vá mostrando os pontos positivos e negativos de cada um.
Confira alguns passos para aderir às tendências educacionais digitais da melhor forma, fazendo o uso consciente da internet:
- Conheça o universo do aluno, busque assistir aos vídeos e entender as ferramentas digitais e os conteúdos a que os seus alunos têm acesso. Neste caso, não confie apenas na descrição.
- Verifique o conteúdo e se não há propagandas de produtos. Tente identificar e entender o tipo de material que os youtubers e influenciadores favoritos deles estão produzindo.
- Para o uso consciente da internet, crie uma playlist dos conteúdos que considere mais adequados para os alunos. Aqui, vale escolher junto com os estudantes para que eles entendam os critérios de seleção.
- Antes de sugerir uma atividade ou uma nova experiência no ambiente digital, valide a faixa etária de jogos e vídeos com os quais os alunos possam ter contado.
- Ative restrições de idade. A maioria das plataformas de vídeo oferece alguns limitadores de acesso por idade. Com esse controle, os estudantes só terão acesso aos vídeos ou animações classificadas para a faixa etária deles.
- Em caso de videoaulas, desative a reprodução automática dos conteúdos. Isto impede que vídeos relacionados aos temas já vistos anteriormente sejam apresentados.
Use um bloqueador de vídeos para impedir a visualização de conteúdos aos quais não queira que os alunos tenham acesso, principalmente no YouTube e Vimeo (conteúdo adulto, violência, bullying, agressividade e outros).
Onde encontrar os melhores conteúdos?
Agora que você já sabe a importância de orientar os alunos para o uso consciente da internet e como selecionar conteúdos adequados para o desenvolvimento seguro de suas habilidades, é hora de colocar em prática.
Nesse processo, você pode contar com o apoio de profissionais e materiais essenciais para potencializar cada vez mais o relacionamento entre professores e alunos, aperfeiçoando os métodos de ensino e aprendizagem.
Pensando nisso, selecionamos alguns sites e portais oficiais que podem servir de base para um trabalho pautado pelos melhores conteúdos na organização e preparação de aulas. Afinal, toda dica é bem-vinda!
1. Portal do Professor
O Portal do Professor, lançado em 2008, é um espaço criado pelo Ministério da Educação (MEC) para a troca de experiências entre professores do Ensino Médio e Fundamental.
É um ambiente virtual que oferece materiais em diferentes mídias, como vídeos, animações, simulações, áudios, hipertextos, imagens e experimentos práticos. São materiais previamente selecionados para atender a todos os componentes curriculares e temas relacionados.
2. Educa Rede
O Educa Rede, por sua vez, reúne materiais para educadores, que podem ser aplicados em sala de aula, abordando, principalmente, temas atuais da educação no Brasil. Além disso, traz discussões sobre a utilização da internet como ferramenta de ensino nas escolas.
O site destina-se às escolas públicas brasileiras e outras instituições educativas com conteúdo para professores e estudantes.
3. Portal do Ministério da Educação
Se você está procurando por um site que trata de assuntos como novidades do ensino, decisões políticas e ações técnicas em prol da educação do país, o Portal do Ministério da Educação é uma das melhores opções.
Nesse site oficial do governo, você encontra artigos de assuntos complexos e outros temas fundamentais sobre educação para educadores.
4. Plataforma de conteúdos SM Educação
Para apoiar gestores, coordenadores, docentes, pais e alunos a todo momento, a SM Educação preparou uma plataforma de conteúdos completa, com materiais educativos gratuitos e que trazem temas essenciais para as atividades escolares.
Nesse site, compilamos, constantemente, as melhores ações, elaboradas por especialistas da área, para que toda a comunidade escolar se adapte e encontre novos métodos e soluções educacionais.
Basta acessar, escolher a categoria que melhor se encaixa em seus objetivos e baixar o arquivo para ter acesso gratuito a conteúdos transformadores.
As mídias digitais mudaram os hábitos de consumo e comportamentos da sociedade e vêm ganhando cada vez mais espaço na vida escolar. Por isso, gerir redes sociais com planejamento e atenção é o caminho para que as instituições de ensino tenham destaque em um mercado competitivo.
A cultura digital, uma das competências previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), se fortalece e modifica a maneira como nos comunicamos, bem como as linguagens que utilizamos. O avanço da tecnologia acelerou este processo, fazendo com que o mundo esteja ainda mais conectado.
Neste cenário, as mídias se tornaram parte intrínseca das relações sociais, alterando constantemente a forma com que a comunicação humana acontece.
Com essa análise, conseguimos entender o grande impacto que essas plataformas possuem no cotidiano, além de seu incontestável potencial para transformar relações entre os indivíduos de uma sociedade em constante mudança.
Mas como utilizar esse recurso a favor da escola, garantindo a eficiência dos processos e a atração de novos alunos? Acompanhe este artigo e confira seis dicas práticas.
Ao gerir redes sociais, as escolas ganham aliadas
Antes de mais nada, é importante lembrar que, além de serem canais que auxiliam grandes e pequenas empresas a engajar o público, as plataformas digitais são excelentes para venda e atração em diferentes segmentos.
No ambiente escolar, não seria diferente! Ao ser inserida nesse meio digital, a instituição de ensino consegue se aproximar do público, criar prova social, mostrar resultados satisfatórios, expandir o vínculo com os pais e potencializar a captação de novos alunos.
No entanto, da mesma forma cuidadosa com que olhamos para a organização das instalações da escola, devemos nos atentar ao que se posta nas mídias, à linguagem utilizada, aos comentários deixados nas páginas on-line e mais:
- Faça uso de planilha de planejamento de redes sociais, pensando em ações e conteúdos adequados para cada demanda;
- Desenvolva campanhas de engajamento. Um bom exemplo é a de repostagem, na qual os pais são estimulados a marcar a escola em fotos dos alunos realizando atividades educativas;
- Utilize os canais para apresentar os diferenciais da instituição e conhecer o público por meio de gerenciadores de pesquisa, conteúdos interativos e enquetes.
Ao contrário do que muitos acreditam, gerir redes sociais não é apenas fazer desse espaço um mural de fotos de eventos. É preciso dialogar com os públicos que consomem as informações da instituição.
Veja, abaixo, algumas orientações para construir tudo isso:
1. Conte com um profissional ou equipe especializada para gerir redes sociais
Para começar, é necessário que haja uma pessoa ou equipe responsável por tratar das redes sociais. Um ponto importante é contar com um profissional que tenha experiência com esses ambientes, saiba analisar dados, buscar informações e produzir conteúdos adequados.
Vale também contratar agências de marketing digital para orientar e direcionar essas ações, seguindo os objetivos e critérios da escola.
2. Aposte em novos formatos e plataformas de mídia
Os jovens querem encontrar informações dinâmicas que falem sua linguagem e sejam interessantes para suas necessidades.
Por isso, criar um blog, podcasts, espaços de memes e humor, desafios, espaços de trocas entre os estudantes, ou para que eles contribuam com materiais, são algumas sugestões para dialogar com esse grupo e conquistar novos alunos.
3. Comunique os objetivos da instituição de ensino
Durante o ano letivo, os familiares desejam estar antenados com o cotidiano de seus filhos, precisam enxergar nas ações pedagógicas promovidas o pleno desenvolvimento das crianças e jovens.
Para isso, como pontuado mais acima, não basta apenas criar um espaço com fotos de atividades da escola, é necessário que essas imagens comuniquem os reais objetivos das propostas e o que se está oferecendo no dia a dia escolar.
Dessa forma, as fotos precisam ser feitas com o olhar atento de quem cuida das redes sociais. Já o texto que acompanha o registro deve ser assertivo e breve, falando dos objetivos da ação e de como contribui para a formação integral.
4. Gerir redes sociais com consistência
Outro ponto fundamental para gestão das redes sociais da escola com qualidade e segurança é a consistência. A regularidade das publicações (dias, horários e assuntos) é um fator a ser observado no momento do planejamento do trabalho com as redes.
Isto envolve os grupos internos e externos que começam a perceber a dinâmica da escola no espaço on-line e faz com que se tornem consumidores assíduos dessas informações.
5. Atente-se aos problemas e comentários negativos
Outra tarefa para quem deseja gerir redes sociais é identificar problemas que envolvam o nome da escola, situações negativas com os alunos, falas descontentes e problemas de relacionamento que possam estar sendo expostos.
Seja em mensagens privadas, seja em comentários nas redes sociais, não se deve deixar sem resposta. É preciso mostrar um posicionamento e tomar providências.
Quanto mais rápido um problema é detectado e se dá uma resposta, menos danos isto pode causar para a imagem do estabelecimento de ensino e, principalmente, para as pessoas que fazem parte da comunidade escolar.
6. Explore o marketing digital para atrair alunos
As redes sociais também são ferramentas de grande valia para a captação de novos alunos. Aqui, o apoio de uma empresa de marketing digital pode oferecer recursos e direcionamentos que darão bons resultados.
Caso não seja possível obter esse serviço, o responsável pela escola, junto com a direção e a coordenação, pode criar um calendário de ações para captação de estudantes, seguindo duas orientações básicas:
- Respeitando o tempo para esse trabalho (períodos de procura);
- Construindo uma imagem que valorize o diferencial da instituição.
Parece simples gerir redes sociais na escola, mas é tarefa que requer muita atenção, por se tratar de outras salas que fazem parte da instituição.
Cuidar do que se fala, do que se mostra, do que se prega, das pessoas com quem convivemos, respeitar a pluralidade e ofertar espaços democráticos são ações que devem estar em nosso radar, virtualmente ou presencialmente.
E para receber apoio completo em todas as etapas, conheça já a plataforma de conteúdos da SM Educação, com materiais gratuitos e exclusivos para gestores em suas atividades escolares e nos processos administrativos.
A popularização de aplicativos de mensagens instantâneas trouxe muitos benefícios para o nosso dia a dia, em casa e no trabalho. Até os grupos de pais começaram a utilizar a tecnologia para se reunir.
Na escola, é comum encontrar pais reunidos no WhatsApp, aplicativo mais popular do segmento no Brasil. Fazem isso para acompanhar a vida escolar dos filhos e compartilhar informações úteis no dia a dia.
Porém, quando as mensagens passam a tratar de assuntos mais complexos e delicados a situação pode ficar complicada e causar desentendimento coletivo. A escola precisa se inteirar desse universo à parte da comunicação oficial para entender o que aconteceu e esclarecer a situação antes que se torne um problema.
O WhatsApp é um meio de comunicação relativamente recente e seu crescimento acelerado dificulta definir qual seria a melhor maneira de usar a ferramenta para os grupos de pais.
Nas conversas, são muitas pessoas discutindo simultaneamente assuntos que nem sempre têm relação com o objetivo do grupo. Mensagens são encaminhadas fora de seu contexto original, prejudicadas pela impulsividade característica do mundo digital.
Dessa forma, a interpretação acaba ficando comprometida e os mal-entendidos espalham-se rapidamente. Quais ações a instituição de ensino pode ter para evitar que informações mal interpretadas se tornem verdades entre as famílias e prejudique a harmonia da comunidade escolar?
Novas tecnologias e a educação digital
Assim como no ambiente off-line, os grupos de pais no WhatsApp e demais canais digitais exigem um comportamento respeitoso. Isso deve ser guiado por regras implícitas de comunicação coletiva.
Porém, ao contrário dos meios off-line, cujos hábitos de uso se baseiam em décadas de experiência, os atuais aplicativos são de uso recente e suas boas práticas estão em processo de descoberta e desenvolvimento.
Para promover uma cultura de respeito nos grupos de pais no WhatsApp, precisamos disseminar a educação digital. Como? Orientando e incentivando as pessoas para que se comuniquem na internet de forma responsável e consciente.
Afinal, já há algum tempo o mundo digital deixou de ser uma invenção inacessível. Atualmente, é uma ferramenta que faz parte das nossas relações sociais e, como tal, é melhor aproveitada quando usada com bom senso.
O ideal é que a escola respeite o direito de expressão dos grupos de pais e não proíba o uso de nenhum canal de comunicação, mas incentive a adoção de uma conduta de cautela e respeito nos grupos.
Algumas regras básicas podem ajudar a evitar problemas nos grupos de pais:
- Evitar divulgar informações pessoais nos grupos, como endereço da casa, local onde trabalha ou situação financeira. Se for necessário informar dados sensíveis, a conversa deve ser privada
- Não encaminhar notícias tendenciosas ou polêmicas de fontes não verificadas. Mesmo que haja uma discussão posterior no grupo de pais questionando a veracidade da informação, algumas pessoas podem ler a mensagem, interpretá-la erroneamente e imediatamente encaminhar a outras pessoas, gerando uma corrente de fake news
- Evitar fazer divulgação não solicitada de produtos ou serviços, principalmente quando não são relacionados ao tema do grupo
- Ter cuidado ao expor questões pessoais do filho no grupo de pais, como boletins, pagamento de mensalidades e relacionamentos conflituosos na escola. O ideal é sempre procurar a gestão escolar antes e esclarecer as dúvidas.
A importância dos canais oficiais de comunicação
As famílias podem recorrer aos grupos de pais no WhatsApp quando a escola não dispõe de um canal de comunicação suficientemente rápido e prático. Investir nesse tipo de recurso pode evitar a formação dos grupos ou ao menos a circulação de informações falsas, já que a comunicação oficial da escola estará sempre acessível ao alcance de todos.
Uma boa ferramenta de comunicação escolar pode ser ainda um diferencial para a campanha de matrículas, destacando a instituição das concorrentes por conta dos benefícios e segurança desse recurso.
Outro cenário comum é que a escola disponha de uma ferramenta de comunicação, mas os pais não tenham conhecimento porque não é divulgada com frequência.
É importante divulgar os canais oficiais de comunicação ao longo de todo o ano letivo e incentivar seu uso. Isso pode ser feito de diversas maneiras… Cartazes nos murais da escola em eventos com a presença das famílias, e-mails, comunicados, reunião de pais, entre outras situações.
Quando a escola mantém uma comunicação clara e acessível, as famílias sentem-se mais seguras e esclarecem suas dúvidas diretamente por meio da gestão escolar, evitando assim os problemas com WhatsApp.
Apesar dos conflitos, os grupos de pais no WhatsApp são um canal útil para facilitar a comunicação coletiva e aproximar as famílias.
Com medidas de incentivo para um uso mais consciente, o aplicativo deixa de ser inimigo da escola e torna-se um recurso prático no dia a dia.
Seja qual for o meio de comunicação escolhido, a prioridade é sempre manter um clima de aprendizado a favor do bem-estar e desenvolvimento dos alunos.
Na era digital, é muito comum que crianças e adolescentes tenham sido expostos à tecnologia na infância. A família usa o celular, o computador e a televisão constantemente de forma passiva, assistindo e lendo conteúdo, ou de forma ativa, interagindo com aplicativos diversos e se comunicando por textos, áudios e vídeos.
Por isso, o primeiro impulso das crianças é imitar a família, e às vezes ficamos até surpresos com a rapidez com que os pequenos aprendem os gestos e comandos do celular. Apesar dos aspectos positivos da tecnologia na infância, precisamos estar atentos aos males do excesso de telas para a saúde e desenvolvimento físico e social da criança, evitando que passem todo o seu tempo livre sozinhos com internet e games, perdendo momentos de convívio social com família e amigos.
Evitar o acesso precoce e desmedido de telas é importante para manter a diversidade de atividades e descobertas da infância e adolescência.
Pensando nisso, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda que a exposição às telas e o uso de tecnologia sejam controlados pelos pais ou responsáveis, especialmente durante a primeira infância. As indicações de restrição de acesso aos dispositivos variam de acordo com idade, níveis de autonomia e desenvolvimento da criança.
INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA: MENOS TELAS E MAIS DESCOBERTAS NO MUNDO
De acordo com a SBP, para crianças de até 2 anos de idade o recomendado é evitar a exposição às telas de celulares, tablets e televisão durante as refeições e nas 2 horas que antecedem o horário de dormir. As telas podem deixar os bebês agitados, prejudicando seu sono e alimentação, e tirando o foco dos momentos essenciais de descoberta e exploração dos sentidos.
Entre os 2 e 5 anos, a criança passa a explorar o mundo de forma mais ativa e independente. Nessa fase, recomenda-se que a exposição às telas digitais seja de 1 hora por dia, no máximo. Atenção para a presença de televisão e computador no quarto: até os 10 anos de idade, o ideal é que o espaço de dormir da criança não tenha esses aparelhos.
Para os adolescentes, caso tenham computador próprio, é prejudicial permitir que passem muito tempo sozinhos no quarto, pois eles podem trocar horas de sono e descanso pela internet e videogames. Outro ponto importante é o sedentarismo desencadeado pelo uso da tecnologia, que pode ser evitado com a prática regular de atividade física.
DIÁLOGO E SENSO CRÍTICO SÃO ESSENCIAIS
Outro fator importante a ser considerado no uso de tecnologia por crianças é o significado que elas extraem das mensagens e atividades na internet. Crianças menores de 6 anos precisam de supervisão mais rigorosa com o teor dos conteúdos a que são expostas, pois ainda não desenvolveram seu senso crítico de distinção entre fantasia e realidade, sendo facilmente influenciadas por mensagem e jogos que promovem a banalização da violência.
Apesar de muitos aparelhos oferecerem o recurso de controle parental, que permite que a família bloqueie canais e sites indesejados, também é necessário ter atenção com o que estão acessando nas redes sociais, já que o conteúdo inadequado pode ser encaminhado através dessas mídias em grupos e perfis nocivos. Caso encontre histórico de conteúdo e mensagens inadequadas, o indicado é que a família mantenha um diálogo aberto, explicando que a internet é um ambiente aberto e nem sempre confiável, e por isso é preciso ter cautela com o que é acessado e publicado.
Diálogo receptivo, transmissão de valores, definição de limites claros e justos e valorização das atividades offline em casa e na escola são boas maneiras de conscientizar crianças e jovens para que utilizem tudo o que tecnologia pode oferecer sem prejudicar seu desenvolvimento físico, mental e social.
Fonte: Manual de Orientação – Saúde de Crianças e Adolescentes na Era Digital. Disponível em http://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/publicacoes/19166d-MOrient-Saude-Crian-e-Adolesc.pdf.